PIPAS é lançado em Nova Iguaçu e promete ‘voar alto’
Nova Iguaçu tem um novo projeto para cuidar das crianças da cidade que vivem em situação de violência, vulnerabilidade, pobreza e extrema pobreza. Foi lançado, nesta sexta-feira (7), o PIPAS (Primeira Infância Protegida da Assistência Social), desenvolvido pela Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS) e baseado no Programa Criança Feliz, do Governo Federal. Por meio dele, os integrantes do projeto farão visitas domiciliares e ajudarão no desenvolvimento de crianças de zero a 6 anos de idade, promovendo também o fortalecimento de vínculo entre elas e seus criadores. As visitas começam já na segunda-feira (10).
O lançamento do PIPAS foi realizado na Praça Rui Barbosa, no Centro, com a entrega de bicicletas aos 66 visitadores que irão atuar supervisionados por cinco pedagogos e psicólogos. A entrega da primeira bicicleta foi feita pelo prefeito Rogerio Lisboa. De lá, todos partiram numa pedalada até o Paço Municipal.
“Nesta semana concorremos em Brasília a um prêmio nacional por nossos projetos nas áreas da inovação e da sustentabilidade. Tenho certeza que o PIPAS será mais um caso de sucesso no Brasil e que vocês farão parte do um projeto que poderá ser premiado nacionalmente”, disse Lisboa.
Os visitadores e supervisores serão divididos em equipes que serão baseadas em cada um dos 10 CRAS do município. Eles atenderão às famílias inseridas no Cadastro Único beneficiárias do Bolsa Família e do BPC. Segundo Elaine Medeiros, secretária da SEMAS, Nova Iguaçu é o primeiro município do Brasil a fazer um redesenho do Programa Criança Feliz.
“Vamos trabalhar de forma diferenciada, trazendo um olhar ampliado para as famílias. Vamos promover também o acesso às políticas públicas e permitir que estas pessoas sejam visíveis para nós, gestores. Vamos fazer com que a infância seja verdadeiramente protegida”, garante Elaine.
A subsecretária de Estado de Gestão do Sistema Único de Assistência Social e Segurança Alimentar, Dianne Arrais, participou da solenidade e afirmou que Nova Iguaçu é referência no Rio de Janeiro na área da assistência social. “Sem dúvida nenhuma este será mais um marco para a cidade neste tipo de política pública. Contamos com Nova Iguaçu para que, junto ao Governo do estado, possamos replicar esta e outras experiências de sucesso em outros municípios que ainda estão iniciando suas atividades assistencialistas.
Integrantes do projeto têm expectativa positiva
“Tenho uma irmã de um ano e oito meses e sei bem como lidar com crianças. Tem que ter paciência, criatividade e, principalmente, muito carinho. A expectativa é grande para realizar um bom trabalho”. A declaração, em tom de ansiedade, é de Beatriz de Azevedo Silva de Andrade Santos, 20 anos. A jovem é uma dos 66 visitadores que integram o PIPAS. Ela recebeu das mãos do prefeito Rogerio Lisboa a bicicleta que utilizará durante as visitas domiciliares. “Muitas pessoas que passaram pela praça perguntaram sobre o projeto e acharam a proposta interessante. Creio que o PIPAS será bem recebido e aceito pela população”, conta Beatriz.
Ela será supervisionada pela psicóloga Raíssa Moreira Feliciano Oliveira, 27 anos, que trabalhará pela primeira vez na área da assistência social. Raíssa ficará baseada nos CRAS Estação Morro Agudo, em Comendador Soares, e Serra do Vulcão (Jardim Nova Era), e irá orientar os visitadores sobre os trabalhos a serem desenvolvidos junto às crianças e cuidadores.
“Vamos planejar atividades que ajudem no desenvolvimento da primeira infância. O objetivo principal é fortalecer o vínculo entre a criança e seus responsáveis. O visitador leva a proposta das atividades, mas elas serão realizadas entre o cuidador e criança”, explica a supervisora.
Além de receber atendimento domiciliar regularmente, as famílias inseridas no projeto serão orientadas a procurar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo, onde terão acesso aos diversos serviços oferecidos pelo equipamento, inclusive com salas especializadas no atendimento às crianças.