Saúde realiza conversa sobre hanseníase no Hospital Geral de Nova Iguaçu

Profissionais que atuam no Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) participaram, nesta quinta-feira (18), de uma roda de conversa sobre o Janeiro Roxo, mês dedicado à conscientização sobre a Hanseníase. Essa é mais uma ação promovida pela unidade de saúde para orientar e capacitar os funcionários sobre o tema, assim como acontece em todas as campanhas ao longo do ano.

O evento aconteceu numa parceria da Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu, por meio do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, com o Projeto Teatro Bacurau Morhan, Educar para Detectar e Curar. Se utilizando da arte, a equipe levou orientações através de capacitação e uma apresentação teatral, levando o tema de maneira lúdica e com suavidade até o público. A proposta é que cada profissional possa compartilhar seus conhecimentos para ajudar na detecção precoce e cura da hanseníase.

“Investimos em capacitações nas unidades de saúde para que o profissional esteja preparado para identificar os sinais e sintomas da hanseníase precocemente e encaminhar o paciente para o tratamento. Este tipo de ação é fundamental, pois a hanseníase tem cura”, explica o secretário municipal de Saúde de Nova Iguaçu, Luiz Carlos Nobre Cavalcanti.

A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada por bactéria. Os principais sintomas são: manchas claras, vermelhas ou mais escuras na pele, redução da sensibilidade, surgimento de dormências, fraqueza muscular e retrações nos dedos, que ficam em formato de garras, com a possibilidade de desenvolvimento de problemas físicos.

O tratamento está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e dura, no mínimo, seis meses. Em Nova Iguaçu, o paciente é cuidado em unidades básicas de saúde dos bairros de Paraíso, Austin, Boa Esperança, Nova América e Corumbá, além do Centro de Saúde Vasco Barcelos. Atualmente, 62 pacientes estão em tratamento no município. Eles podem ser acompanhados por até cinco anos, conforme a necessidade.

“Esse mês é o janeiro roxo, mas nós falamos sobre esse tema o ano todo. É o mês que intensificamos, mobilizamos e conscientizamos os profissionais de saúde, que também são preparados pelo Ministério da Saúde e o Governo do Estado, para prestar a melhor assistência ao paciente com sinais ou sintomas”, destaca Maria José da Fonseca, coordenadora do programa de Hanseníase de Nova Iguaçu.

Há 14 anos circulando pelo Brasil com o Projeto Teatro Bacurau Morhan, patrocinado pela Associação de Professores Públicos Ativos e Inativos do Estado do Rio de Janeiro (Appai), toda equipe busca desmitificar assuntos relacionados à hanseníase, através da arte, do lúdico, das informações e orientações. Atuam em escolas e capacitam profissionais de saúde, conforme conta a coordenadora Brenda Menezes, de 42 anos. Também participaram a palestrante Sueli Costa, de 75, e o ator Jorge Garcia, de 50.

“A hanseníase tem uma carga de preconceito e estigma muito grande, então a gente busca mostrar tirar um pouco do peso sobre a doença com leveza, através da arte e da informação”, comenta.

Auxiliar administrativa do HGNI, Luciana Veríssimo, de 54 anos, interagiu com o evento. Ela conta que uma pessoa de sua família foi diagnosticada com a doença e reforça a necessidade de entender, orientar e preparar os profissionais para ajudar o paciente.

“Um evento maravilhoso. Passei por isso na minha família e foi fundamental na época o diagnóstico, tratamento e o apoio da família. É importante que todos tenhamos esse olhar pronto para ajudar o paciente”, ressalta.

As atividades da campanha Janeiro Roxo continuam acontecendo nas unidades de saúde de Nova Iguaçu. Na próxima semana será a vez dos profissionais da Maternidade Mariana Bulhões participarem.

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