Defesa Civil de Nova Iguaçu e Serviço Geológico do DRM-RJ desenvolvem mapeamento de riscos do Morro do Inferninho

 

Parceria entre a Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil de Nova Iguaçu e o Serviço Geológico do Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro (DRM-RJ) desenvolveu mapeamento detalhado de riscos do Morro do Inferninho, no bairro de Tinguazinho. O trabalho resultou em um relatório minucioso que quantificou e hierarquizou os graus de riscos através de zoneamentos de áreas e determinou um total de 317 pessoas vulneráveis à ameaça de deslizamento, contabilizando 92 famílias afetadas.

A Defesa Civil municipal já trabalha na região, desde 2017, implementando o Sistema de Alerta Comunitário para Chuvas Intensas (Sistema AC2I), que consiste em protocolos de medidas não estruturais para proteção e preservação da vida. Algumas dessas medidas são a criação de Pontos de Apoio (locais seguros o mais próximo possível da área crítica); formação de Núcleo Comunitário de Defesa Civil (NUPDEC), composto por representantes da própria comunidade; cadastro dos moradores para o envio de mensagens de emergência via SMS, sobre previsões meteorológicas; treinamento de ações de autoproteção; entre outras atividades preventivas.

Como parte do desenvolvimento da resiliência na comunidade, os protocolos estabelecidos pelo Sistema AC2I serão colocados à prova em um exercício simulado de desocupação preventiva para emergências, que será realizado no próximo dia 24. “No treinamento, todo protocolo é seguido como em uma situação real, com o recebimento das mensagens via SMS, pelos moradores, mobilização de membros da NUPDEC e voluntários e deslocamento dos moradores até o ponto de apoio”, explica o subsecretário de Proteção e Defesa Civil, coronel Jorge Ribeiro Lopes.

De acordo com Lopes, além das medidas citadas, houve necessidade de uma ação emergencial, pois o relatório apontou dois imóveis em risco iminente, o que resultou em uma operação conjunta entre a Defesa Civil e a Secretaria de Assistência Social. “As residências foram interditadas e as famílias foram assistidas inicialmente com Aluguel Social para posterior processo de reassentamento”, conta o subsecretário.

No mundo todo, as ações de desenvolvimento da resiliência em comunidades vulneráveis são determinantes para a redução ou extinção de mortos ou feridos. “As dificuldades ou inviabilidades na adoção de medidas estruturais em áreas suscetíveis a desastres naturais não podem ser desculpa para a omissão. Esse trabalho se inicia com uma eficaz avaliação das ameaças e vulnerabilidades, uma radiografia fiel da realidade que é o que compõe o relatório entregue pelo DRM, uma das instituições mais respeitadas do país para análise dos riscos relacionados a movimento de massa. Assim, temos um instrumento importante para aperfeiçoar nossas ações, sempre com o objetivo maior de proteger a vida do cidadão iguaçuano através da redução do risco de desastres”, completa o subsecretário.

 

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