Mães de crianças com microcefalia recebem atenção especial em Nova Iguaçu

“Somos mais do que integrantes de um grupo de apoio. Somos como uma família que se ajuda e troca experiências”. A afirmação é da dona de casa Terezinha Pereira da Silva, 47 anos, mãe da pequena Cerena Maria da Silva Lima, 2 anos e cinco meses, que nasceu com microcefalia. Ela é uma das 15 mães que integram um grupo de apoio organizado pela subsecretaria de Atenção Básica, órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu.

Nesta terça-feira (18) elas participaram de uma roda de conversa – a última de 2018 – e falaram sobre os desafios enfrentados no dia a dia na criação dos filhos. E para celebrar um ano com muitas histórias de superação, elas foram surpreendidas com uma confraternização pré-Natal com direito a entrega de kits com fraldas e lenços umedecidos, além de brinquedos funcionais para estimulação precoce das crianças. O encontro foi promovido na Casa de Cultura de Nova Iguaçu, no Centro.

Todas as mães têm seus filhos atendidos pelo Centro de Atenção em Saúde Funcional (CASF) Ramon Pereira de Freitas. Além disso, elas participam de um grupo de apoio onde recebem orientações de profissionais da saúde e também conseguem, através da equipe da subsecretaria de Atenção Básica, agilizar a marcação de consulta médica em unidades básicas e clínicas especializadas através da central de regulação do município.

Os encontros de mães e filhos com microcefalia são mensais e acontecem sempre na Casa de Cultura ou no CASF. Terezinha conta que entrou para o grupo de apoio quando Cerena tinha apenas sete meses e revela que a decisão mudou sua vida.

“Com oito meses de gestação descobri que ela tinha microcefalia e perdi o chão. Não entendia o porquê de aquilo estar acontecendo comigo. Hoje sou a mãe mais feliz do mundo, ganhei mais confiança e passo a minha experiência para as mães que ingressam no grupo”, conta Terezinha, que mora com o marido e mais um filho em Austin. Ela diz ter evoluído como mãe após a chegada de Cerena. “Deus só nos dá aquilo que Ele sabe que somos capazes de suportar”, conclui.

Quem acompanha de perto o grupo de apoio é a enfermeira Andrea Pereira da Silva Vieira, do Programa de Atenção Integral da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente. “Há um ano componho a equipe da Saúde que integra a reunião entre estas mulheres e vejo que a evolução não é só das crianças, mas também das mães. Muitas delas desconheciam seus direitos e agora estão bem orientadas e seguras. Isso é o que torna o nosso trabalho tão gratificante”, comemora Andrea.

loker situbondo https://suaralama.info/