Prefeitura de Nova Iguaçu oferece esporte e lazer para Pessoas com Deficiência

Abandonado pelo pai e órfão de mãe, Humberto Fernandes, de 38 anos, sofre com um distúrbio mental e encontrou no esporte sua felicidade. Adotado pela tia, Sônia Maria da Silva Careli, de 67, o rapaz é uma das 40 pessoas com deficiência intelectual, física, visual ou auditiva que treina duas vezes na semana na Vila Olímpica de Nova Iguaçu. Com o atletismo, Humberto se tornou mais disciplinado, sociável e emagreceu mais de 5 quilos em poucos meses.
“O pai o deixou quando descobriu o problema de saúde do filho e sempre foi criado pela mãe. Com o esporte, ele está visivelmente mais feliz dentro e fora de casa, disciplinado e obediente. Parece que ele encontrou paz e muita vontade de viver. Antes ele ficava destacado e agora só anda em grupo. O esporte o transformou. O Humberto estava gordo e emagreceu com o atletismo”, afirma Sônia.
Segundo o secretário municipal de Esporte e Lazer de Nova Iguaçu, Alexandre Batista, o esporte é fundamental para pessoas com deficiência, pois há melhora na parte física, na condição cardiovascular, e na coordenação motora, aprimorando a força e a agilidade. “Além disso, é essencial para a sociabilização entre pessoas com e sem deficiências, tornando-as mais independentes. Ele ainda melhora a autoestima entre os praticantes”, diz o secretário.
Mãe de Ronaldo de Souza, de 41 anos, a doméstica Maria Vanda de Souza, de 65 anos, é testemunha de todos estes benefícios. O rapaz, que nasceu com disritmia, já obteve resultados com a prática do esporte.
“A deficiência afetou o lado direito do corpo do Ronaldo e sua coordenação motora, mas com o atletismo, ele já consegue caminhar e até correr melhor, até mesmo com mais intensidade. A vida dele mudou para melhor. Está mais saudável”, contou Maria.
Na piscina de 25 metros do Centro Olímpico de Nova Iguaçu, 120 alunos PCD’s, fazem aula de natação às quartas e sextas-feiras, das 10h às 14h30m. É lá que eles dão braçadas com muita determinação e interagem com outras crianças e jovens.
Pai da jovem Glaucia Bastos, de 23 anos, o aposentado Reginaldo Bastos, de 66, vê através do esporte um forte aliado no tratamento da filha, que nasceu com paralisia cerebral.
“Diminuímos até a medicação da Glaucia desde que ela passou a nadar. Ela teve uma melhora em sua coordenação motora e está mais disposta e com melhor equilíbrio. É outra menina depois da natação. Fico impressionado como esse esporte mudou sua vida”, comentou Bastos.
Morador do bairro da Luz, o pastor Wasghinton Luis Sanches da Silva, de 58 anos, pai do menino Heitor Santos, de 10, que tem síndrome de down, enfatizou que além da interação com outras crianças, o menino teve melhoras significativas em seu comportamento e saúde.
“Ele está há mais de um ano na natação e agora nada sozinho. Antes, Heitor era um garoto tinha dificuldade para andar e respirar. Estava sempre resfriado, com coriza e rinite. Hoje, sua respiração e o sono mudaram de forma significativa. Era gordo, perdeu peso e cresceu 20 centímetros. Ele é um exemplo de vida pra mim. Vemos o sorriso no rosto dessas pessoas.”, comentou.
De acordo com o secretário Alexandre Batista, há expectativa de aumentar o número de vagas nas unidades da cidade, como nas aulas de natação.
“Estamos fazendo isso gradativamente para colocar cada vez mais pessoas nas aulas de natação, por exemplo. Já iniciamos um aumento no número das turmas para atender ao máximo possível de pessoas. Somos a primeira secretária da Baixada a oferecer esse tipo de atividade voltado para deficientes e nosso objetivo é a inclusão social”, garantiu.

 

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