Ações da Guarda Ambiental reduzem incêndios florestais em Nova Iguaçu

Em 17 de julho comemora-se o ‘Dia de Proteção às Florestas’. E Nova Iguaçu, que tem cerca de 65% de seu território composto por áreas de proteção ambiental cobertas pela Mata Atlântica, tem o que comemorar este ano. As áreas destruídas por incêndios florestais vêm diminuindo no município desde 2018, graças às ações da Guarda Ambiental Municipal (GAM).

Em 2017, Nova Iguaçu contabilizou 21 incêndios florestais que destruíram cerca de 6.740.000 metros quadrados, área equivalente a 944 campos de futebol. Já no ano passado, as dez queimadas registradas destruíram 2.710.000 metros quadrados, algo em torno de 380 campos, 60% a menos do que em 2017.

Segundo o prefeito Rogerio Lisboa, a redução dos incêndios em áreas de proteção ambiental de Nova Iguaçu está diretamente ligada ao investimento na GAM. Até 2017 a corporação contava com apenas nove membros, todos contratados. No ano passado, 13 agentes foram empossados após serem aprovados no primeiro concurso público para a GAM e, este ano, mais 11 novos guardas, também concursados, foram incorporados ao efetivo.

“Investir na Guarda Ambiental é preservar a natureza. Colhemos os primeiros frutos em 2018, e este ano convocamos mais 11 aprovados no concurso para ingressar para este time que combate incansavelmente não só os incêndios florestais, mas também a caça e comercialização ilegal de animais silvestres”, comemora Lisboa.

De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Agricultura, Desenvolvimento Econômico e Turismo (SEMADETUR), Fernando Cid, a grande maioria dos incêndios é criminosa. “Podemos afirmar que 99% das queimadas são provocadas pelo homem. Muitas pessoas moram perto de áreas de vegetação e põem fogo no lixo, e nesta época do ano as chamas se propagam com maior facilidade, causando grandes incêndios. Há também aqueles que fazem queimadas com o propósito de caça ilegal”, explica o secretário.

Combate ao fogo mais eficaz

De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), normalmente o período entre junho e setembro é o de maior risco para queimadas no Estado do Rio de Janeiro. Em Nova Iguaçu, dados da GAM, mostram que junho tem sido o mês crítico. No ano passado, foi o mês com maior número de incêndios em áreas protegidas. Foram seis queimadas e 200 hectares de destruição. Já em junho deste ano a quantidade de queimadas até aumentou (foram oito), mas com uma área menor atingida, 194 hectares. Ou seja: foram incendiados nove campos de futebol a menos neste mesmo período, fato que comprova a eficiência e rapidez da GAM no combate ao fogo.

“Estes números estão reduzindo graças a um intenso trabalho de capacitação dos nossos agentes. Assim que empossados, eles aprendem as técnicas de combate ao incêndio florestal e também recebem curso de montanha, instrução básica para operações em área de florestas, combate com facas, técnicas de imobilização e defesa pessoal, entre outros conhecimentos”, revela Marcelo Gonçalves, responsável pelo treinamento da GAM.

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