Artesãos de Nova Iguaçu recebem certificados

Os 520 artesãos cadastrados este ano, no Programa Municipal de Artesanato de Nova Iguaçu, começaram a receber seus certificados e carteirinhas na manhã desta segunda-feira (8), em evento na Casa do Professor, sede da Secretaria Municipal de Educação. Todos passaram por etapas de credenciamento, avaliação e qualificação para participarem do programa, mantido pela Fundação Educacional e Cultural de Nova Iguaçu (Fenig). A entrega das carteirinhas e dos certificados prossegue nesta terça (9) e quarta-feira (10). A partir do recebimento dos documentos os artesãos estarão aptos a expor seus produtos em feiras e Pontos de Artesanato do município.

“Essa relação de ser parceiro do artesão iguaçuano é a nossa marca. Temos um vínculo total com a produção artesanal, que movimenta muitos recursos. Certificamos e qualificamos nossos artesãos. Além disso, buscamos espaços públicos com passagem de muita gente para que eles possam expor e comercializar seus produtos. Esse mercado de trabalho não era tratado desta forma, agora mudamos esse quadro”, afirmou o prefeito de Nova Iguaçu, Rogerio Lisboa.

Todos os artesãos passaram por avaliação de seus trabalhos pela equipe da Fenig, em parceria com a Secretaria de Cultura. Foram analisadas a habilidade, o uso da técnica artesanal e o resultado final do produto. Em outra etapa, em parceria com o SEBRAE, os artesãos assistiram a uma palestra sobre o processo de inscrição no Microempreendedor Individual – MEI, que pode contribuir para tornar o artesão dono do seu próprio negócio e aumentar seus lucros.

Especialista em crochê e artesanato com tecido, a artesã Andréia da Costa Siqueira de Andrade, 34 anos, acredita que com o certificado sua carreira vai decolar.  “Aprendi a técnica com minha mãe. Ajudo no sustento de casa fazendo crochê. Esse certificado não é um pedaço de papel, mas sim o reconhecimento do meu trabalho. Mexeu até com minha autoestima”, disse a moradora do bairro Prados Verdes.

Cabeleireira e artesã há dois anos, Andreia Rodrigues de Souza, 47, espera que sua renda extra, que hoje gira em torno de um salário mínimo, dobre com o certificado em mãos. “Serei mais vista em feiras e quero me especializar em vender também pela Internet. Meu crochê e artigos para banheiros serão mais vistos”, contou ela.

Foi o terceiro cadastramento de artesãos realizado pela Fenig; “Atingimos mais de mil adastrados no Programa Municipal de Artesanato de Nova Iguaçu. Atualmente temos cinco feiras na cidade e em agosto vamos inaugurar mais um polo em Miguel Couto. Os artesãos vão ter desconto na compra de produtos em lojas que tem convênio com a gente. Hoje o artesanato pode ser encarado não só como hobby, mas sim como principal fonte de renda”, disse o presidente da Fenig, Miguel Ribeiro.

Durante a entrega dos certificados, que contou com a presença de boa parte do secretariado de Nova Iguaçu, o secretário de Cultura Marcus Monteiro, propôs a criação de uma grande feira de economia criativa, nos moldes da Feira do Lavradio, para valorizar também o trabalho do artesão da cidade.

Já a secretária de Assistência Social, Elaine Medeiros, enfatizou que na quarta-feira, serão certificados os artesãos que atuam nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras).  “Com a certificação, a expectativa é que eles consigam um espaço e tenham suas barracas no shopping. Vai ter mais oportunidade de venda e atrair mais gente para os Cras para aprender as técnicas do artesanato”, confirmou Elaine.

O secretário de Assuntos Estratégicos, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEMACTI), Alex Castellar, enfatizou que o Curso de Inclusão Digital que será oferecido aos artesãos vai qualifica-los através do acesso a tecnologias gratuitas ou de baixo custo, de forma que não dependam de terceiros e possam alavancar seus negócios como empreendedores sociais. As aulas estão previstas para começar no dia 26 de julho.

“Estamos reconhecendo esse trabalho que é milenar e estamos tentando aproximar essa realidade do artesão com inovação. Estamos trazendo as tradições e culturas locais para colocar à disposição da sociedade. Minha mãe é artesã e sei como essa profissão merece reconhecimento. Com a exposição dos trabalhos deles, podem aumentar a renda. Vamos ensinar como anunciar nas redes sociais e quem sabe, construir uma página própria deles”, afirmou o secretário.

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