Capacitação para orientadores educacionais sobre violência doméstica

Orientadores educacionais da rede municipal de educação de Nova Iguaçu participaram nesta terça-feira (9), de mais uma ação do projeto Sementes da Paz, na Casa do Professor, na sede da Secretaria Municipal de Educação, que debateu temas como intolerância racial, sexual e religiosa, violência na família, escola e sociedade, automutilação e prevenção ao suicídio. O evento é uma parceria do Departamento de Ações Pró-Sustentabilidade (Deape), do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, com a Escola de Governo da Prefeitura de Nova Iguaçu. As psicólogas do Deape, Márcia Fayad e Amanda Rangel deram palestras e desenvolveram dinâmicas com o tema “A paz é a gente que faz, a paz começa comigo” para serem apresentadas nas escolas.
“Esse projeto foi feito especificamente por causa da violência. Esse trabalho com os orientadores vai ser disseminado para os alunos. É importante o orientador identificar o problema logo do início, que ele tenha um olhar mais crítico e sensível a todos esses sofrimentos, como a automutilação e quem sofre e pratica o bullyng. Os professores precisam ficar atentos a estes sinais. Os orientadores vão levar esse trabalho ensinado no projeto para um grupo de 20 alunos por escola e eles serão certificados, tonando-se promotores da paz”, explicou a psicóloga Márcia Fayad.
Foi a segunda ação do projeto Sementes da Paz em Nova Iguaçu este ano. A primeira etapa foi realizada no último dia 2. No total foram capacitados cerca de 150 orientadores educacionais da rede municipal de ensino. O objetivo é formar alunos promotores da paz nas escolas e desconstruir a imagem de jovens violentos.
“Os conflitos dentro das escolas são digeridos pelos orientadores educacionais. Eles é que vivem a realidade e sabem o que acontece dentro dos muros da escola. Se a gente consegue trabalhar de alguma forma que engrandeça uma escola, conseguimos na outra também. É um ganho muito grande para Nova Iguaçu. Vamos parar de falar de violência e levar a cultura da paz, buscando entender a criança, entender porque ela tem aquele comportamento e aí buscarmos as maneiras de intervir”, comentou Erika Ammon, coordenadora do Conselho do Programa Nova Iguaçu Solidário.
Para a orientadora do Centro Educacional Especial Paul Harris, Gisele Moura, de 35 anos, os alunos podem se tornar grandes multiplicadores em suas escolas. “Aprendi sugestões para refletir sobre a paz, sobre comunicação verbal e não verbal, para promover um ambiente mais acolhedor, e saber identificar o que está acontecendo com o aluno. Foi possível refletir sobre ações para minimizar esses comportamentos e evitar também que terminem em situações desagradáveis e de violência, chegando até à morte”, contou.
O projeto Sementes da Paz foi criado pelo Tribunal de Justiça em 2015 e tem entre seus objetivos oferecer aos professores maior capacitação na área de Violência Doméstica, a partir de palestras e grupos reflexivos, objetivando o desenvolvimento de um olhar crítico e preventivo na educação dos alunos que vivenciam a violência doméstica.

 

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