Nova Iguaçu inova com Projeto de Alfabetização

Aos cinco anos de idade, o pequeno Davi de Lima Monteiro, já sabe ler e escrever e consegue, através dos livros, percorrer o mundo da imaginação. A história dele e de outros alunos do 1° ano da rede municipal de educação de Nova Iguaçu vem sendo mudada com um projeto de Alfabetização diferenciada, que ensina na prática, através de atividades lúdicas, a leitura e a escrita.

Depois de detectar que alguns estudantes chegavam ao 4° e 5° anos de escolaridade do Ensino Fundamental com dificuldades de ler e escrever, a Secretaria Municipal de Educação de Nova Iguaçu começou a reverter o quadro. No início deste ano, o Núcleo de Alfabetização, Letramento e Numeramento passou a monitorar alunos do 1° ao 3° ano com o objetivo de identificar e corrigir as dificuldades cognitivas.

Ao todo, 4.340 alunos em 48 escolas estão sendo acompanhados. As aulas são diferenciadas, com técnicas de ensino lúdicas, onde a música, a brincadeiras e até mesmo os jogos de competição fazem com que as crianças aumentem a concentração gerando um aprendizado mais qualitativo. A iniciativa vem dando bons resultados e já no terceiro bimestre conseguiu alfabetizar cerca de 70% dos alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental, superando a meta preconizada pelo Ministério da Educação com o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), que determina alfabetizar até o 2° ano do Ensino Fundamental.

“Uma educação pública de qualidade é direito de todos. Desenvolver habilidades e competências no 1° ano direcionadas à leitura, a interpretação de texto e ao raciocínio lógico é o nosso objetivo. Ampliaremos este projeto em toda a rede municipal no próximo ano letivo, com a meta de alfabetizar 100% destes alunos”, afirma a Secretária de Educação Maria Virgínia Andrade Rocha.

Os professores também passaram por capacitação e tiveram o acompanhamento de assessores do Núcleo de Alfabetização. A proposta foi a reorganização das ações desenvolvidas pela Gerência do Ensino Fundamental para diminuir os problemas relacionados à aprendizagem da língua escrita e da matemática, apoiando-se em três pilares: diagnóstico, monitoramento e intervenção.

“Direcionar a prática pedagógica dos professores dentro de estudos sobre a alfabetização, o letramento e o numeramento são fundamentais e impactaram diretamente na diminuição do número de alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental que estavam no nível pré-silábico e agora estão alfabetizados”, afirma a subsecretária de Educação Renata Santana.

Entre as educadoras que participaram do projeto piloto, algumas se destacaram pelo desempenho significativo no número de crianças alfabetizadas. A professora Adélia Cristina Silva de Souza, de 39 anos, é uma delas. Ao longo dos sete anos de carreira em turmas de fases iniciais, já conseguiu alfabetizar mais de 250 alunos.

“Ver o Davi em tão pouco tempo já lendo um livro é extremamente gratificante e recompensador como professora. Acredito que uma base bem consolidada gera bons frutos no futuro. Esse projeto é inovador e atrativo para as crianças”, afirma.

 

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