Arraiá no Centro de Atenção em Saúde Funcional (CASF) reúne centenas de crianças

Algodão doce, barracas com caldo, canjica, bolo, doces típicos, pipoca, brincadeiras como pescaria, pula-pula e piscina de bolinha, música e muita dança. Tudo isso foi encontrado nesta terça-feira (17), durante o arraiá do Centro de Atenção em Saúde Funcional (CASF) Ramon Pereira de Freitas (antiga AACD – Associação de Assistência à criança Deficiente).

Centenas de crianças e adolescentes que são atendidos no local participaram da festa e da tradicional quadrilha junina.

Mãe da pequena Sophia, de apenas 4 anos, a dona de casa Gil Alves, 41, era uma das mais entusiasmadas e arrumou a filha para participar da quadrilha. A menina, que sofre de mielomeningocele (malformação congênita na espinha) e hidrocefalia (acúmulo de líquido dentro do crânio), foi presenteada com alguns brindes da pescaria.

“Ela está muito feliz, se encantou com a dança e principalmente com as bolinhas de sabão. Vejo o sorriso no rosto dela. Há um mês, minha filha passou a ficar em pé. O atendimento melhorou bastante desde que a Prefeitura de Nova Iguaçu assumiu o local. A Sophia evoluiu nestes últimos meses. Esse espaço representa muito pra mim. É minha vida”, contou Gil Alves.

A Zorra Junina 2018, como é conhecida a festa, teve como tema: “Um país mais junto e solidário”.

Moradora da Prata, Josilene Alves de Souza, 27, trouxe o filho, Hugo, 8, para brincar com outras crianças. O menino, que nasceu com paralisia cerebral, que afetou as pernas, passou a andar com o auxílio de muletas há quatro anos.

“Ele fez uma cirurgia em janeiro e quando falaram que ia fechar o espaço, fiquei sem chão e entrei em desespero, mas hoje ao atendimento melhorou e há mais diálogo com os funcionários. Isso influencia no tratamento, pois ficou mais humanizado”, afirmou.

O prefeito Rogerio Lisboa também participou do arraiá e se divertiu com as crianças.

“Quando a AACD definiu que ia sair, assumimos um desafio que está dando certo, que é uma administração da prefeitura e da sociedade civil, organizada pelas mães que entraram de corpo e alma para melhorar a instituição”, lembrou o prefeito.

A diretora interina do CASF, Denise Flávio de Carvalho Botelho Lima, frisou que o número de pacientes e atendimentos tem crescido após a intervenção da prefeitura.

“Em abril tivemos 253 pacientes com 1.775 atendimentos, em maio subimos para 265 com 2.880 atendimentos, e hoje temos capacidade para 400 pacientes, mas esperamos chegar a mais de 500 no final do ano. Vamos receber docentes e estagiários para ajudar a aumentar esse número”, lembrou.

A antiga AACD fechou as portas em março deste ano deixando centenas de pacientes com o tratamento interrompido. Para não deixar os pacientes sem atendimento, a Prefeitura de Nova Iguaçu assumiu a gestão da unidade no dia 26 de março, que agora passou a chamar Centro de Atenção em Saúde Ramon Pereira de Freitas. Em um mês e meio, conseguiu zerar a fila de espera para início de tratamento, ampliando de 230 pacientes atendidos para 253, além de retomar a oficina ortopédica, que já havia sido fechada pela AACD.

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