Feira da Agricultura Familiar é inaugurada em Nova Iguaçu

Aipim, palmito, banana, doce de jaca, banana chips, xarope antialérgico, gengibre, suco natural energético, ervas medicinais, mel, ovo de codorna, artesanato em crochê, cocadas, limão chinês, fruta pão, taioba, citronela e sabonete de argila. Tudo isso pode ser encontrado na Feira da Agricultura Familiar da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro no campus Nova Iguaçu, que em parceria com a Prefeitura Municipal, montou 12 barracas com alimentos produzidos por produtores rurais da região. A feira acontece quinzenalmente e foi lançada nesta terça-feira (13).

O projeto também é uma parceria da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (EMATER), Governado do Estado e Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Turismo e Agricultura de Nova Iguaçu, Fernando Cid, a ideia da Prefeitura é descentralizar as feiras na cidade, que tem como carro-chefe na área rural, a produção do aipim.

“Essa feira é agroecológica e vai estimular o trabalho dos produtores rurais da cidade. Ela vai funcionar a cada 15 dias e se tiver demanda, será semanal. Vamos começar neste fim de semana com uma feira em Tinguá, já temos a feira da Roça no Calçadão às quartas e sextas-feiras. Queremos descentralizar as feiras para ter mais portas de saída dos produtos”, afirmou o secretário, lembrando que hoje estima-se que há 20 mil pessoas vivendo da agricultura no município.

Ainda segundo ele, os bairros de Tinguá, Jaceruba, Adrianópolis, Marapicu, Rio D’Ouro continuam sendo o grande cinturão agrícola.
“São as regiões que mais produzem em Nova Iguaçu e temos que aproveitar isso para alavancar nossos produtos”, contou.

A professora Anelise Dias, do Instituto de Agronomia do campus Seropédica, que foi uma das idealizadoras da Feira da Agricultura Familiar, frisou que os produtores, além de se apresentarem nas feiras, também são capacitados pela Universidade Rural.

“Eles aprendem todo o processo da produção, rotulagem, higiene, entre outros. No campus Seropédica os produtos são aproveitados no restaurante da universidade e vamos tentar utilizá-los aqui também”, acredita Anelise.

Produtor de Tinguá, Genildo Xavier da Silva, 56, disse que a feira vai estimular quem vive da área rural.
“Produzo 50 quilos de palmito por mês e como teremos mais locais para expor nossa mercadoria, todos vão aumentar a produção”, disse ele, que também produz cocô, banana, limão, taioba, pimenta e está se especializando na fabricação da cocada.

A Feira da Agricultura Familiar também foi aprovada pelos alunos do campus, que conta com 3.500 estudantes. Um deles é aluna de geografia, Letícia Serpa, de 19. Ela ficou surpresa ao saber que Nova Iguaçu tem produzido farta variedade de frutas e legumes.

“Vendo tudo isto na feira me surpreende bastante, pois não sabia que essa variedade era produzida aqui. Os alimentos são mais saborosos, saudáveis e livres de agrotóxicos”, lembrou.

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